terça-feira, 2 de dezembro de 2008

João Zumbi, o prazer é todo meu

João teve uma grande infância, teve tudo que queria, era aclamado pelos seus conterrâneos da terra do caralho por ser tão bem dotado mentalmente (seu pai não o dotou por sua imagem) e por proporcionar uma verdadeira chance de um Zumbi ir para a faculdade.
Logo João encontrou amigos que transformaram e transcenderam o palavriado do gajo, que usou palavras como "puta" e frases como "comer a puta", sua mãe, uma puta, estava louvando a capacidade do filho em balancear o vulgar com o puro intelecto. Já o pai, ligeiramente mais esperto, exasperado, via a influência no filho e não pôde fazer nada pois estava muito bêbado.
João então cheirou cola e grama e assoalho, mas não foi o pai, nem a mãe, nem as banguelas de suas tias que o fizeram perceber seu erro, apenas o homem que passava todo dia, em frente à sua casa, a mão na cabeça, no bolso, carregava um livro preto com uma cruz.
João então reduziu sua adolescência sem causa a uma louvação sem causa, isto perdurou por vários meses até que João, sem mais nem menos, viu que o senhor da batina aparecia algemado, como seus amigos em suas brincadeiras de polícia e ladrão, diferenciando-se pelo fato de que as algemas eram verdadeiras, algemas douradas indicavam ad alterum torum, adultério do nada que não tinha, do que quisesse.
Desacreditado, ateu e desinteressado pela educação, João interessou-se por mulheres, gurias, moças, raparigas, de bustos fartos, bundas grandes, ou como João aprendera tempos atrás e só agora falava em bom som com sua definição compreendida, João queria boceta.
Ele queria o carro do pai, o pai dizia que sua idade ainda não o permitia dirigir, mas João não queria dirigir, queria pegar o carro, empurrá-lo até o próximo quarteirão. Som no talo, cerveja no gargalo, a boceta seria no banco detrás, sem complicações.
Uma, duas, três tentativas e João pensava que era incompatibilidade, não cabia, simplesmente doía, mas era pura imaginação, João não era dotado de um grande pau, era apenas desiludido pelas promessas de paraíso da famosa vulva.
João pensou em voz alta, Veado, o animal que faz por trás as animalidades. E então após certos encontros, desencontros, plausíveis sinais de satisfação estampavam sua cara, cara de cu, cu comido. No auge de sua adolescência, João tinha 16, fazia boquete e sucesso na terra do caralho.
João vestia-se de príncipe ao jogar rpg com seus amigos. João Zumbi, de uma recaída em probabilidade, virou moço de idade, não era a promessa que todos queriam, era o que João queria. Toda pressão em suas costas, aplicadas generosamente.

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