segunda-feira, 18 de maio de 2009

bandeirante paulista

A bota crava o charco
Pisa pelo índio filho da morte;
facão empunhado na mão destra.

Atrás de ti vêm três brancos
Vinte índios;
Caminhando no meio vêm brasileiros, armas carregadas,
Filhos das virgens-de-mel estupradas.

“Nação que é toda nascida bastarda” – reza a carta de Pero Vaz;
“Este é meu testemunho – É a lembrança do que há por vir”

Na mão sinistra, a contraponto de facão
Vem hasteada a bandeira listrada
por sete vezes negra, por outras alva;
Manchada de um tanto de sangue
Que o tempo não alvejou.

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