segunda-feira, 18 de maio de 2009

Lusitânia continua aqui:

A minha terra tem palmeiras
Que não são de lá
Aves europeias
Forçadas a migrar

Mulheres(,) que não são daqui(,)
Todas as mulheres dali
Para donde vieram hão de voltar

Portugal, pequena joia
te espera de braços abertos, fechados
nus os corpos, nas mãos os cravos
sob os pés jaz salazar

No teu seio, menos amores;
Pois o corta o rio da vila de Pessoa
E te corta
(por Lisboa, vem de Espanha, te corta à porta)
Te corta a porta, Portugal,
do mar sem fim que é português

Pois te deitas além donde Atlas alcança
Portanto às Quinas de Afonso Henriques,
Mandas lembranças do que há por vir.

Amores que não tens, mas que hão de vir.

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