quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Mergulho na nata

Por um descuido do acaso, você descobre: quero ouvir bom dia com sua voz, todas as manhãs.
Silenciar é abdicar da palavra por um instante para permitir todo o resto no momento seguinte.
É tão leviano declarar essas coisas, descrever esses sentidos, traçar qualquer rota de elogios. É aquele olhar, gritei.
Olhos de ressaca. Posso seguir melhor, agora, depois de ter guardado esse olhar em mim.
Seu amor não condiz com meu retorno.
Vejo que esse sorriso carrega um desejo de estar feliz, uma vontade de convencer o lado de fora primeiro, na ilusão do lado interno acabar felicitando-se por tabela. Gosto de observar, são sempre tão bonitos, deixam nos corpos toda sua abertura ao mundo.

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