sexta-feira, 3 de abril de 2009

RÔLA NA PORTA DO FUNDO



Essa rola antigamente
Vivia caçando briga
Furando pé de barriga
Doidinha pra fazer gente
Mas hoje tá diferente
No mais profundo abandono
Dormindo um eterno sono
Não quer mais saber de nada
Com a cabeça encostada
Na porta do fundo do dono
.
.
Já fez muita estripulia
Firme que só bambu
Mais parecia um tatu
Fuçava depois cuspia
Reinava na pradaria
O talho era seu trono
Trepava-no sem sentir sono
E sem precisar de escada
Mas hoje vive enfadada
Na porta do fundo do dono
.
.
Nunca mais desvirginou
Uma mata vaginosa
Há muito tempo não goza
A noite de gala passou
Vive cheia de pudor
Sonolenta e sem abono
Faz da ceroula um quimono
E do calção uma estufa
Vive hoje a cheirar bufa
Na porta do fundo do dono

Um comentário:

kinhascouto disse...

lembra muito um soneto erotico rs XD

camoes se reviraria no tumulo ao ler isso =P