segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Seda e Veludo

É a Seda, é o Veludo.
Sinto como ontem;
Sinestésico: cheira a macio;
Macio de pele, do perfume.
É a queimadura, de pele e de alma;
queimou, aqueceu
e deixou escarlate o olhar;
Enrubresceu o toque.
Tocava, sentia e pensava em tom de vermelho...
Aliás, sinto, e como ontém!
Vislumbro imagens e rebusco.
De fato, quero lembrar!
Procuro, mais e mais,
pelo som, pelo tom,
nota de mulher,
musical como a íris,
do arco e da costela.
Quero sentir o céu,
daqueles bem carmim.
O cheiro do poente,
cheiro do que era e é,
Veludo e Seda,
harmoniosos, dentro do abraço.
Couro, pele
macios, femininos.
Cabeça recostada num cantinho,
no sofá comido, torto.
É direito e gauche, ao mesmo tempo.
Como o duo que me tocou lá.
Era calor do Sol que queimava,
queimou a alma, marcou;
Atritou mas não doeu.
Não doía, dói é agora, de saudade,
da Seda e do meu Veludo.
Queimou sim,
aqui e ali.

2 comentários:

Lou Reed disse...

de todos os textos deste blog, este foi o único que eu nao entendi. basinga

Wesley, o pirata disse...

tambem nao entendi essa fita ai nao, mano