segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Te ligo na madrugada...um regurgitamento foakeanista.

Quão frustrado é o azul dos blues noturnos.
Ninguém o ouve, ninguém o nota, um dia de calor passou,
a noite sem frio, na chuvinha, um cálice de velho jack.
Constato um milhão de coisas aos fios de prata que me penumbra.
Meu bafo atravessa a cidade vazia, que dorme, fode, dorme.
As taras que saem das sombras, a noite que inspira coragem.
Chega uma voz ao meu ouvido, meu imaginário barman sussurra algo,
enche meu copo, abre a porta e deixa ela sair, com lágrimas nos olhos.
Odeio ver mulher chorar.
Elas curtem o estilo largado, sabem que somos largados, de bar em bar..
e quando percebem a roubada, pulam do barco..
E a literatura, a música, a poesia, o rock..
só fez de mim um vagabundo catedrático.
Meus heróis morreram de overdose o caralho nenhum,
meus heróis são tudo que não quero ser.
A santa tríade - vinho de garrafão, rock’n roll e foda -
está aqui para o bem coletivo das mentes que não unem beleza ao dadaísmo,
Não dizem 'genial, genial' ao que não é.
Não escrevo para pegar menininhas.
Não sei estudar, não sei cantar as garotas, não sei jogar bola...
Sento e escrevo para manter a insanidade necessária,
pois sinto a falta que ela faz.

Um comentário:

lucas disse...

menininhas mal sabem ler. e vê se para de tomar o whisky dos brou, que ele é dos brou, pourra.