sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

finanças

Há ali uma carta semi-aberta, semi-colcheia.

Leio-a? Semi-crime, afiançável e desesperadamente subornável (quase um berro, aceitam até Visa Electron)

A carta diz:

"Ilmo. Sr. Lucas Rodrigues





Vimos por meio desta informar-lhe que sua conta corrente neste banco está apta para suspenção por inatividade. Compareça a uma de nossas agências e converse com o seu gerente.

Equipe Santander"

...e tem gente que ainda escreve cartas? Que fará Lucas agora?

nem sabia que eu tinha conta em banco algum.

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Era tarde e era cedo, junto, e a moça da casa da frente resolveu, sei lá, dar uma volta na Ana Costa; atravessou pela galeria, olhou de lado e olhou apertado pra uma lojinha indecente, a qual ela morria de vontade de adentrar, mas ah, fez que não, seguiu reto, viu a livraria, fez que não, seguiu em frente. instalava-se ali um tumulto; ai quanta gente em torno de tão pouca moça, não aguentara a disparidade da nossa taxa de juros, não tinha mais contas a fazer em sua vida, não ligava mais para o cargo alto, investira no fundo errado, jogou-se do topo do prédio do banco do brasil. nossa heroína do gonzaga continuou andando e pensava em se arrepender de ter colocado saltos.

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Era cedo (e só), nossa heroína acordou na ponta da praia semi-nua e sem razão.

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Era tarde e nossa heroína dormia em sua casa.

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era quase outro dia e ninguém tinha mais história, era quase outra lua e ninguém tinha mais um fósforo pra alumiar a lua nova, aluar a luminosa, luna, lucas, diz lá se és feliz: eu sou feliz à prazo.

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