Ele então pede um trocado e eu lhe dou todo meu dinherio amassado,
porque o bem está mal e o trovador ri com sua cara-de-pau.
Ele então canta com alegria e harmonia, de sorte com o montante,
que eu sou nada além de um fingidor, de modo geral,
sentimental, arrogante.
Eu o olho de baixo para cima e acho sua barba de brancura da prata,
mal-lavada, que reflete o meu rosto, sem sal, sem gosto,
e vejo nos meus olhos a felicidade de tempos atrás,
quando tudo era modesto e eu um rapaz,
e eu não precisava me afogar neste troar.
Eu não finjo.
Um comentário:
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
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