quarta-feira, 22 de julho de 2009

-muito.

São pequenas fotos de sons de chantily que as encantam, naquele simbolismo leve e fora de contexto. Já o silêncio na parede branca pode ser cortado com uma faca, mas é cortado como fosse manteiga, fácil, viscoso, mas manteiga batida em casa, num pilão ou coisa assim, coisa cujo nome eu já não sei por ter nascido na cidade, ter morado sempre na cidade, ser neto e bisneto de cidadãos, não há como saber. Não que eu preferisse ser bucólico, vê lá se eu tenho cara de alberto caeiro por acaso, o meu rebanho só banha minhas banha, isso sim, vá lá manuel.

bom, a parede branca; era daqueles brancos-gelo, branco morto, mal-pintado por algum faz-tudo, o que cobrasse mais barato. o sol já baixava mas o céu ainda não era amarelo, e as nuvens eram só algumas; o sol porém grande apolo era empecilhado por um prédio de arquitetura duvidosa. pois então que via-se nas paredes as manchas e imperfeições, ainda que fosse uma parede limpa, salva de encostões ou encontrões ou até mesmo camiões, nunca se sabe nos dias de hoje, este trânsito maluco né? pois que estavam as duas sentadas num sofá uma no meio outra no canto de cá quando esta disse, e esta era morena dos olhos verdes com o cabelo preso num arco roxo expondo a testa arredondada e curta e leitosa, pois que esta disse, que valham os lusos que fazem com esta cidade, pois dão-na espaço para hipermercados de todas as possíveis redes da américa do norte, mas que merda fazem, pois que façam, impeçam-me o sol ou a luz da lua direi-te que farei, pois que diga, pois que nada sentarei no sofá farei ovos mexidos, gostas?

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