terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Noite suja

I am dead, no fundo do poço, tomando uma breja com cálice de ouro.
Olho pro bar, só guria feia. Olho pra rua, só carro feio. Tristeza na esquina.
Obras de arte com o mínimo de aço, pura sensação, indo ao inferno e voltando.
Falta autoconfiança dos ferimentos, defeito da civilização.
De cima, assopro e a brasa acende, queimando o paraíso privado dos sonhos.
O que acontece quando a intoxicação do sucesso evapora?

(Já visitastes o cemitério dos filosófos?, um suícidio lírico do herói, que não canta mais em falsetto. Vocal fry-cabeças ocas- cadê seu fraco senso da realidade, contestamento preso nas vogais do cubista. a testa-de-ferro explode.)
Wake up.
Back for round 2:
O barman, já desfigurado pela minha ambição de chegar ao último copo, indaga, eu digo que sim.
E então ele farta minha vida, com o cálice áureo no talo, eu me viro.
(delírio do auto[r])
A noite é suja e o copo também.
We are all in the gutter, but some of us are looking at the stars.

Nenhum comentário: