Rebeldia da terceira idade

Querido Ombudsman.
Eu ri, eu chorei. Peidei mas não caguei (uso fraldas).
Como se um peso fora do normal fora de minhas costas estivesse, aquela maldita cadeira me quebra em dois e me dói o ombro e o braço esquerdo adormece e o peito dá umas pontadas e ohhh. Que bom que não morri daquela emoção chamada ataque cardíaco.
Agora que tudo acabou eu só espero e espero o resultado do meu teste. Por isso que eu sentei naquele sofazinho desgraçado que faz doer meu ombro e me dá pontada no...ah, esquece. Outrora eu lia seu texto e sentia gases, agora, porêm, esta ressalva que me deleita e me isenta do buraco (com os parceiros na praça) faz até o couro mal cheiroso daquele consultório me embraçar como um irmão que, porventura, não banha há alguns dias.
Prometi ir atééé caixa-prego para achar mais textos de sua autoria, mas como eu estou prestes a subir no telhado, achei que aquele único, tocante, texto impresso (naquele papel tão lisinho e sem rugas..hmm) fora o bastante para me fazer agarrar as tetas da vida a mamar minhas últimas gotas, como a gente fazia na fazenda do Tio Virmilo, que morreu na guerra e...ahh..desculpe meus devaneios.
Sem mais firulas, irei ajeitar meus fiapos, minha dentadura, minhas hemorróidas e seguirei meu caminho à uma vida sem regras (já vou morrer), sem leis (não vou mais pagar impostos, meus filhos que os herdem) e sem limites (agora posso encarar uma bunda farta por mais de 3 segundos sem vergonha).
Textos mais iluminadores hão de ser cegantes!
Uma ventosidade sonora para você, meu caro,
Obrigado.
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Caro senhor de idade,
Odeio velho que peida por achar que retêm contratos de livre-auto-flagelação-sem-vergonha com a geriatria. Por favor poupe-me.
Ao meu tarado favorito.
Ombudsman