quinta-feira, 17 de setembro de 2009

monólogo final de uma peça que começou pelo fim (monólogo do pedro)

narra-se: perguntado se não tinha fibra ou víscera que fosse diante da puta e da moça que a sua frente vomitavam lexicamente, ainda que não de todo tristes, desabou o pequeno homem loiro:

-não entendo mais como pode ainda essa minha face corar; a minha fibra e vísceras eu pensava tê-las vomitado secas tal qual areia arando minha garganta em baldes potes bacias e tigelas ante as putas, somente entre as tuas, que me se davam a ouvir que era só isso que me fodia mesmo fazia dos pensamentos putas e destas consolo e seus consolos elas que os enfiem onde não me afete. S.Paulo me cafetinou fez-me puta de mim mesmo, faz-me vestir este terno cinza e deixa meu olhos cinza e fiz-me surpreender quando meu rosto enrubeceu, ainda assim, não sou humano, sou uma peça minimalista; de intervenção artística e protesto ou como o MASP, ao estilo de Bo Bardi. Eu só me faço humano quando, expondo meus pentelhos ao vento (que não são loiros como meus cabelos, mas pretos) me acabo em punheta na minha singela homenagem às moças colegiais do rio branco, do sion, do colégio s. luís, e, nos dias de chuva, até as do mackenzie.

E me compadeço, com as putas.

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