domingo, 27 de setembro de 2009

o céu do galego

-eu conheço todas as estrelas que refletem nestes mares que não mais verdes são.
e elas também me conhecem. não me diga que não.
me sabem pelo nome do meio e apelido. manuel dos santos. até nisto estou lá pra cima.
minhas próprias costas se incomodam com cada edifício gigantesco que erguem agora por esta ilha toda. estirpam de vez em vez mais um pouquinho de firmamento. como fosse uma acupuntura perversa. muitos deles que os erguem também são portugueses, como sou. portugueses cujas padarias deram certo. lho digo, o céu está ferido e até ontem sangrava; hoje já é tão limpo e azul que capaz de um jaó quo atravesse correndo vindo lá do altiplano. capaz do macuco ressurgir da bacia que lho homenageia e se erguer no mais vistoso azul. voa macuco.

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