terça-feira, 1 de setembro de 2009

pequeno monólogo da moça recatada

Se eu durmo com ele mamãe me aporrinha eu sou violada profanada aberta comum (como fico?) pós-moderna tranqüila levo nos pares de lábios sorriso e nos olhos satisfação de travesseiro.

por este próximo parágrafo, a voz vai fraquejando gradualmente, até um 'veludo' quebradiço

Se eu não dou não caso mas caso de branco de véu e grinalda e longa uso a saia; eu tenho vergonha e aperto no peito remorso fechada intocada fazendo fachada de intocada emagreço de ruim e brinco no chuveiro trancada no banheiro com o sabonete receosa meio escondida na espuma o riso vai nos olhos e na boca conforto feliz e católico que um lábio senta no outro como fossem sofás e futton de veludo...

[A atriz se veste de saia ou vestido sem decote ou apelo sexual que não seja aquele falso inocente das meninas da igreja que mal-disfarçam a lascívia carnuda perversa só mesmo no mundo dela trás-as-córneas e cristalinos...]

pausa. a moça se olha no espelho com culpa. a voz é mais decidida agora, porém é voz de sofrimento vão e fútil.

...visto a calcinha e me deito. Sinto o cheiro da vida mas não a toco, e quando eu não alcanço, o desespero é tamanho, a dor é tão grande, as pernas resistem às investidas de minha própria mão, logo vejo que fácil resolve e dissolve o dilema, não entre dedos, entrelinhas, somente entre as minhas.

2 comentários:

Uncle Leo disse...

complicado e dificil o suficiente

lucas disse...

Vês que moça recatada que seduz até calada? haha