domingo, 2 de agosto de 2009

Clara, deitada eternamente em berço esplêndido

Clara, és forte como o vento
passa sem tamanho
corre como o tempo;
foge das minhas mãos.

Clara, te digo sem temer
que és intempérie
como quem diz que te espera
o que não é ócio ou dever

Clara, és alva
mas isso é óbvio pois o diz teu nome
proferido pela minha boca, some
engulo a folha do vendaval

Clara, sou Ana
sou tua, sou nua, sou brava, sou morte, e foges de mim
sê mais brasileira: vem de encontro ao meu seio,
mostre à terra que a filha dela não foge à sorte

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