terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Para 2009 Muita Bunda

A banda da bunda é branda. Mas a bunda nada mais é que duas bandas. É só isso. Não sei o porquê de dar um nome específico para um conjunto de bandas simétricas. Vai ver já existia bunda quando resolveram nomear o que esta compunha. Talvez seja por isso que ninguém elogia as bandas de alguém. Porque se uma delas é bonita, a outra vai ser bonita igual. É por isso que quando você quer elogiar as bandas de alguém, você elogia a bunda, porque irá englobar duas coisas em uma só. Mas o engraçado é que tratamos a bunda como sendo a coisa singular, quando, na verdade as bandas é que são coisas. A bunda talvez seja o maior coletivo singular usado em todas as línguas. Mas vale a pena frisar que não existe bunda, existe bandas.

Tendo isso em mente, gostaria de evidenciar o meu amor por bundas (bandas, na realidade, mas vamos falar assim agora), que tem sido o meu pretexto para divulgar a causa do Aquecimento Global. O Brasil deveria adotar esse projeto, pois a bunda brasileira é uma das maiores pátrias desta nação e tem reconhecimento internacional. Pessoas do mundo inteiro pagam para vir aqui e apreciar nossas bundas. Imagina só quantos bilhões iriam nos render um pequeno aumento forçado dessa demanda?!

Por isso, meu caro foakeanista, quero pedir licença para neste verão de 2009 poder divulgar a importância dessa arte que é a bunda. Nestes meses, todas as minhas contribuições foakeanistas terão a bunda como o segmento central. Não que a bunda seja apenas isso...como podemos ver, ela também tem duas bandas...


Bundas Veraneias

Benditas sede vós, ó bundas cheias,
que abrilhantais o carnaval e as praias,
mitológicas bundas de sereias,
libertas das calcinhas e das saias;

sois dádivas plantadas nas areias,
patrimônio carnal de amas e aias;
tendes o fogo do Brasil nas veias,
sois da mulher as sensuais alfaias.

E vos bendigo, ó bundas brasileiras,
do mundo as mais eróticas, brejeiras,
um milagre genético entre nós...

Pela praia emborcadas, preguiçosas,
são bundas fartas, fortes, fervorosas,
tomando sol -- benditas sede vós!

Bundas veraneias

Animalia brasiliensis

macaco
maquéco
maquico
macóco
macuco;

de símio a pássaro em cinco linhas.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Macaco et l'amour yet again

Nem sei mais se o nariz é pra respir,ar
ou se é pra encostar na tua face, no teu rosto (de anjo)
Abraçando apertado (apertadinho) teu quadril, tua cintura, de dançar(,) cansados

E, ébrios, beijar-teserbeijado:
-sentir teu gosto quase salgado
o calor do cabelo encaracolado
que, por ser negro como a noite,
no escuro se esconde como gato preto que cruza a rodovia
pra eu nunca mais te ver

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é só paixão de novo, amores são inventados (amor de poeta sábio; ha!)
amores são músicas e poemas que eu coleciono e gravo

mas ouço; glugluglugluglugluglugluglugluglugluglugluglugluglugluglugluglu

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Rock and roll

Você, que sois a ponte da vida, e todas as pessoas gorda e pessoas magra e pessoas importante e pessoas ninguém. Estão, eis o diferenciado de você, todos aquém.
Selando tudo com um beijo e o cérebro lhe dói, que surpresa, doído no pensamento paralelo ao teu, do prazo de quem te prometeu.
Penetrantes, garoto e garota conversam, abocanhando ao som da voz o coração que tomas, transcende o couro, e a dormência que me ajuda pelas horas.
E ele desce naqueles sem defesa, inspirações não me vem mais, incompreensível como este texto que vos apresento, é o amor, que não ama por si só amar, mas reforça o desejo de todo amor a dar.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Nada contra

E então é natal!

O bom gesus olhou para o velho sacudo e indagou:
-Seu velho sacudo! Você esqueceu de entregar os presentes?
O crente olhou para o velho e perguntou se era verdade, o velho respondeu:
-Ah, é, ele faz graça as vezes, mas meu saco é grande sim!
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O natal chegou para reforçar meu niilismo. Nessa festa inútil, a comida salva. Propalar-se-ia o bom velho, até que seu trenó movido a verdinha pifou. "A crise global", ele pensou. Ainda bem que não pifou enquanto sobrevoava os pelados no mato, a gente odeia festival pagão barato.
E os ateístas atacando a porcada, esperando a hipocrisia da oração do menino que dita nossa jornada. A gente ganha roupinha,livrinho, e eu pergunto Cadê meu ouro?, na minha religião, eu sou jesus do universo eterno e duradouro.

Não foi em vão essa idéia do natal... afinal, é feriado nacional.
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domingo, 21 de dezembro de 2008

Your Eyes, Summer Rains



Pra uma mulher que nem existe.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Calçada da Fama

Diálogo do novo filme de Geraldo Pardieiro: 'O Bobo, o Feio e o Chato'.

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O Feio(Gian Renault) e o Chato(Geraldo Pardieiro) discutem:
-Má cumé que cê dá prus ôtro um troço que né seu?
-Tu nem usava a porra do sapato, caraio! E o tóezim cagô nele sem querê semana passada!
-Sifudê! Mermo cagado u sapato era meu! E sô vai me dá ôtro!
-Vô é afundá essa fuça feia tua!

Logo após entra em cena o Bobo(Jackson Tchan):
-Cês sabem, quando cê vai limpar a bunda, e quanto mais passa o papel, mais sujo ele vem? Com se a merda não tivesse fim?
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Mais um blockbuster dobrando a esquina! Apenas nos melhores cinemas do ramo!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Nesta hora, momento ou ocasião

Agora que o arroz com feijão pode ser considerado uma receita pública, agora que novas leis éticas são aplicadas e não posso mais afogar o ganso pela inconveniência ambiental, não posso dizer que um gato preto dá azar devido ao preconceito racial, não posso dizer que uma mulher que se recusa a dar é inadimplente. Agora.. é tudo um problema esporádico (em uma palavra mais adequada, Fodeu)

A crise global afetou e a bolsa escrotal caiu. Veio o apagão e eu levei um tombo no escuro. Às escuras eu faço a macumba do despacho saneador.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Macaco + Fender Strato




-muito obrigado senhor peter townshend, senhor robert fripp, minha mãe e jezuis.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Moderadamente conspiracional

Nós estamos entediados. Todos nós estamos entediados. Mas já ocorreu nesta sua cabeça, que o processo que cria esse ócio que vemos no mundo agora, pode ser uma forma auto perpetuante e inconsciente de lavagem cerebral criado por um governo totalitário mundial baseado em dinheiro, e que tudo isto é muito mais perigoso que um pode pensar, e não é só uma questão de sobrevivência individual, mas alguem que está entediado está dormente, e que alguem dormente nunca falará não?

Vermelho é cinza e amarelo é branco, mas nós decidimos o que é certo.

Quanta paranóia foi imposta por nosso amigo Deep Throat? Às escuras.

fleur-de-julie


étude nº1; variações de tom e retângulos





domingo, 7 de dezembro de 2008

Friquichôu

Hey diddle diddle, the cat and the fiddle, the cow jumped over the moon.
The little dog laughed to see such sport, and the dish ran away with the spoon.
He ran from his conviction and fed his addiction as the dish heated the spoon.
The spoon begged to go but the dish shouted "no!". "The heroin will be ready soon"

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

aos patrícios

O que são crises, dívidas, assassinatos e conspirações
num dia tão ensolarado como este? (são páginas de revistas reacionárias deitadas calmamente, amassadas, na estante, do lado do aparelho de som)
uma praia do sul resolve todos seus problemas (pode ser guarujá ou algarves);
os bronzeados não se importam, afinal: os dourados, regozijam.

A história do planeta Lusitânia é mesmo engraçada as vezes.

(Lusitânia continua)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

João Zumbi, o prazer é todo meu

João teve uma grande infância, teve tudo que queria, era aclamado pelos seus conterrâneos da terra do caralho por ser tão bem dotado mentalmente (seu pai não o dotou por sua imagem) e por proporcionar uma verdadeira chance de um Zumbi ir para a faculdade.
Logo João encontrou amigos que transformaram e transcenderam o palavriado do gajo, que usou palavras como "puta" e frases como "comer a puta", sua mãe, uma puta, estava louvando a capacidade do filho em balancear o vulgar com o puro intelecto. Já o pai, ligeiramente mais esperto, exasperado, via a influência no filho e não pôde fazer nada pois estava muito bêbado.
João então cheirou cola e grama e assoalho, mas não foi o pai, nem a mãe, nem as banguelas de suas tias que o fizeram perceber seu erro, apenas o homem que passava todo dia, em frente à sua casa, a mão na cabeça, no bolso, carregava um livro preto com uma cruz.
João então reduziu sua adolescência sem causa a uma louvação sem causa, isto perdurou por vários meses até que João, sem mais nem menos, viu que o senhor da batina aparecia algemado, como seus amigos em suas brincadeiras de polícia e ladrão, diferenciando-se pelo fato de que as algemas eram verdadeiras, algemas douradas indicavam ad alterum torum, adultério do nada que não tinha, do que quisesse.
Desacreditado, ateu e desinteressado pela educação, João interessou-se por mulheres, gurias, moças, raparigas, de bustos fartos, bundas grandes, ou como João aprendera tempos atrás e só agora falava em bom som com sua definição compreendida, João queria boceta.
Ele queria o carro do pai, o pai dizia que sua idade ainda não o permitia dirigir, mas João não queria dirigir, queria pegar o carro, empurrá-lo até o próximo quarteirão. Som no talo, cerveja no gargalo, a boceta seria no banco detrás, sem complicações.
Uma, duas, três tentativas e João pensava que era incompatibilidade, não cabia, simplesmente doía, mas era pura imaginação, João não era dotado de um grande pau, era apenas desiludido pelas promessas de paraíso da famosa vulva.
João pensou em voz alta, Veado, o animal que faz por trás as animalidades. E então após certos encontros, desencontros, plausíveis sinais de satisfação estampavam sua cara, cara de cu, cu comido. No auge de sua adolescência, João tinha 16, fazia boquete e sucesso na terra do caralho.
João vestia-se de príncipe ao jogar rpg com seus amigos. João Zumbi, de uma recaída em probabilidade, virou moço de idade, não era a promessa que todos queriam, era o que João queria. Toda pressão em suas costas, aplicadas generosamente.

OOOOOO

Vamo pará com essa viadage aí, o?

Vamos ao Pará de viagem? Vamos fazer sacanagem?

NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO APOLÔNIOOO!


  1. Concreto no tijolo
  2. Tijolo na terra, medida com barbante, a cidade que não espera; você que não levante (há!)

A folhinha do manjericão perfuma o ar, mas eu prefiro os manjericos de tamanhos normais. Meu melhor amigo é um manjerico.

  • SOBRE A LACANOFOBIA:
  • Não tenha medo, amigo
  • Dos vegetais que apenas são comidos
  • Tenha medo dos que podem te comer
  • Como o verdolengo e roliço pepino.

É

Nós temos que alcançar além das paixões, como uma grande obra de arte. Em uma harmonia miraculosa. Nós deviamos nos amar fora do tempo... despegados.
Com todo aquele cabelo perfurmado e as noites suaves.
De um biscoito da sorte vem a tira de papel. Com sua incerteza você lê "O tempo não apresenta um obstáculo".
Que vem e que passa. Foi realmente um ano bom.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

eiou

A lamenta sua pobre educação. A é seu nome, simplesmente A. Há de haver um A em cada um de nós.
A se lamenta pois não consegue expressar-se adequadamente. Mas o que A realmente pensa, em sua solidão, é que tipo de circo o mundo virou, com seus tolos e palhaços, à vista há pessoas, mas outrora há massas em movimento; até que Avista uma garota, A a olha, mas a olha apenas, não há A suficiente para persegui-la, torná-la realidade. A lamenta-se novamente. A a olha há tempos agora. A garota que A observa não atrai atenção, mas a atenção que atrai é devidamente estonteante, como observa A. A continua a observar, para A o tempo não passa. Para A, nada importa.
Ah, A.

Macaco alvo, macaco aterrizador

Eu estava sonhando enquanto escrevia isso.
Numa época de chimpanzés eu era um macaco.
Mas qualquer macaco consegue ser humano por um dia, usando seus dedos opositores para passar seus uniformes, dirigir seus carros, fazer suas campanhas políticas.
Mas é uma verdadeira selva lá fora quando a guerra começa, pois os macacos se desesperam e começam a jogar sua própria merda nos inimigos. Mas todos são ovelhas disfarçadas de lobos.
Chimpanzés segurando armas cujas balas esfumastes.

sábado, 29 de novembro de 2008

l'amour de sagesinge

Do infinito a um ponto qualquer
Me esgueirando entre frestas em suas roupas
Florestas de nuvens e jovens moças,
Me recordando do desejo de esquecer.

Meu coração sangra por ti
De sangue encarnado como teus cabelos
Emolduram teu rosto os meus desejos
De ternura ou indecência.

Durante as noites mal dormidas
De insônia eu te chamava em várias línguas
Versando palavra por palavra, em vão desespero,
Minh’alma pela metade; dando-me por inteiro.

(at least once he was)

Sitting in a dream

by the water stream (watre in british)
sitting in a dream
in a lazy january evenín'

in a sunny morning Sonny mourns his dead flowers
that had late-blossomed during the autumn, living for death
blublublu- he cries and lies on the grass just to fall apart, fall from eyes (tears)
falling to Mars, contradicting Bowie in a senseless way -the end

E assim será

Teriam os supervenientes do acaso interferido na minha identidade da arte, do bom e velho acto, daquilo que se escreve? Pois não sou mais o mesmo das coleções de palavras que retratavam o cotidiano em-metaforiado. A obra talvez seja de identificação espontânea devido à míngua de colaboradores, mas há de se cansar, um dia, uma hora, de seu exaustivo bloqueio criacional, seja de um ou de todos os dois autos, seja por uma boa causa (que não seja do contrário pois assim estaria gordo com contos), e é.
Um artista pode ser taxado de engenhoso, brilhante, genial, mas não há espectador para seu espetáculo, que está longe destes adjetivos, pode-se dizer que apenas exercemos a arte e que, porventura, não nos apegamos a bons, maus, olhos medíocres, e nos contentamos com a leitura monótona, empolgante de passagem, mas não duradoura, uma ramificação de seu discurso cibernético, perguntando entre debates - será que transcendemos à imagem de um periódico eletrônico em versos?
Para vossa visão, um desconhecido; ou não, não me importo; que vos escreve em tom místico, acha-se graça onde não tem, procura analisar, criticar, marcar presença não-tão-ilustre.
Pois bem, eu acho graça da senhoria que não usa colírio cultural, chora quando há de se chorar, sinto pena e inveja da ingenuidade, pois acho que não sou ingênuo.
Sinto-me em posição privilegiada para reforçar esta afirmação extensa, de que nada que se lê aqui irá distinguir-se em um futuro, pois não apenas sou habitante deste mundo, mas sou apenas um habitante de seu mundo, maior, melhor, onde há você, querido leitor. Cego, ausente.
Quebrando o detalhado guia de um texto seu para nós, digo que amanhã minha opinião pode ter sido modificada.
Hoje, já passou.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Love is Green!

Eu queria escrever alguma coisa, mas anda sendo difícil pra mim falar qualquer coisa se não for através de outro tipo de teclas. eu juro que queria.

Eu falo com o vazio.
Ecoa sem anteriores reflexos minha voz em um abismo preto. não é figurativo.
As vogais já são cliché. assim também são francos estrangeirismos;

não há história, apenas um aviso no quadro que diz "O homem oprime!" mas não mais oprime como oprimia antes "o animalismo é a solução!" o socialismo virou presunto o homem do quadro disse "pelêgo!" só porque eu penso? o que tu pensará ser teu livro ludibriar-te-a como todas essas construções gramaticais complexas e por vezes errôneas o fazem "cada vez mais nos unimos" sob mercados "seremos todos iguais" na miséria e objetificados pela censura "lute contra o homem!" portanto contra ti mesmo NÃO LEIA ESTE TEXTO! só viva! carpe diem, seu babaca! nada te afeta (até que te afete) isso é uma guitarra ou minimoog?

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Luzes à distância

O menino passava a padaria, que nunca estava aberta, e entrava no parque, que nunca estava fechado, e o parque era cheio de grama suave, limpa e verde.
E o menino tirava toda sua roupa e começava a esfregar sua pele na grama fresca e molhada.
Mas não naquela noite. O menino desta vez entrou na padaria, que estava aberta, e comprou uma garrafa de uísque, passou reto pelo parque, que estava fechado, andou por metros e deitou-se num parapeito de uma casa abandona. Por morar num ponto alto da cidade e subir às ruinas, deduz-se que havia subido mais e, portanto, o menino situava-se perto das estrelas. Esfregar-se-ia numa grama diferente hoje. Estava frio, e a ocasião pedia um gole. 
A vista sublime tirava seu fôlego. A cidade estava aos seus pés.

sábado, 22 de novembro de 2008

(texto foakeanista)

(introdução com frase de impacto sem muito sentido)
(metáfora)
(metáfora)
(trocadilho)
(conclusão absurda)

(metáfora)
(referência a alguma banda de rock progressivo)
(trocadilho)
(direção imperativa à uma figura inanimada)
(frase de impacto falaciosa)

Agora que você tem o modelo, faça seu próprio texto, seu próprio blog, e funde um movimento. Não esqueça de nomear o movimento com seu sobrenome mais bonito.

No quarto, na sala, na cozinha da casa branca

Já morreu o Revolucionário de 8 de outubro, já morreu a sua moradia (cotada em petróleo e vaselina),
Crunch, crunch - mastigou a instituição.
Foi-se a mitologia do negro, Foice na garganta do pelego.
Morremos teso. Nunca perdemos a pose.

Rápido sr. Dinheiro, fuja!
Siga-me pelo caminho através dos números que chovem,
logo depois dos números vem os homens.
São papel, santo papel. Papel verde, amarelo, azul e por que não laranja.
Um zero a cá um zero alá, pra lá, de onde vem nosso gracejo,
a graça de trabalhar, e trabalhar, e trabalhar, e trabalhar, e trabalhar, e...
Ah, e viver, neste admirável mundo novo.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Neo Neo-Neo-Dadaísmo

é a tua mãe.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Boa noite e Boa sorte

A prostituição da cabeça do indivíduo, cujo saneamento básico não serve para nada em comparação ao bombardeamento
que vem do outro lado, aquém das expectativas de qualidade, bombardeio de imagem, som, multa, documento.
Dezembro com "s" e expectativa também, desembro, espectativa.
Aponta, dá risada, tira foto do monumento,
viaja e viaja para conhecer o estabelecimento de sua estadia e padecer com a telenovela de língua estrangeira.
Estranhamente comum, ah sim, eu vejo o senor que roubou-a do señor.
A escala trabalhista do terror!
Donas de casa e domésticas mordem as unhas e umedecem os lenços e tomam a coca e Shhhhh
Não deixe o bebê cair... ele atrapalha a hora divina das 8, dos 80 (canais) do único capataz (acredita-se da casa)
Que ansiosamente espera o término da hora divina para sua hora infernal, sofredora,
e o ciclo começa nos sexos, e o cotidiano encerra o nexo, do homem livre da raça pensadora,
aceitando tudo que lhe vem a hora, o sofá e seu montante de escória.
Anarquismo na ampla distribuição de informação,
seja livre, seja leve, não aceite o transmitido, repele o pobre reprimido, o bandido caído, o sensacionalismo colorido.
Eles não se levam a sério, nem mesmo usam calças por trás da bancada,
o avião de dinheiro é o estopim da pobreza demonstrada,
de pobre a pobre, de casa a casa.

Blá blergh do papo e do saco furado

Minha relação com essa coisa de conversar é descomunal.
Não sou bom conversador, papo furado me enche o saco.
Também não gosto muito de conversas sérias.
Gente tentando mostrar que é inteligente me irrita.
Normalmente pegam no seu braço pra falar, dizem o óbvio como se fosse algo importante e sempre se saem com frases feitas e provérbios disfarçados.
Quanto mais cretina uma pessoa mais ela gosta de provérbios e conversas sérias e frases definitivas.
Eu levo a idéia “só sei que nada sei” muito a sério para poder ter opinião formada sobre algo.
Não que eu odeie os provérbios, alguns são admissíveis.
O chato é que as coisas realmente importantes são tão simples, não vale a pena falar delas  (a não ser para os idiotas, que adoram dizer que o importante é ser feliz e coisas assim).
Não é que eu não goste de falar sério, não. Eu falo sério todo dia.
Mas prefiro muito mais fazer graça. O humor consegue ser sério sem ser chato.
Pelo tipo de humor pode se conhecer uma pessoa.
Os idiotas não gostam de rir de si mesmos, se ofendem, acham o riso uma coisa boba, acham que as pessoas inteligentes devem estar sempre preocupadas com problemas existenciais ou algo assim.
Ou então ficam rindo das coisas mais cretinas. Isso me deixa cansado.

Mas não se abalem. E, no mais, vi que vossas mercês não lembram de ontem mesmo, por isto
estarei escrevendo algo sério, como uma longa conversa e cheia de provérbios num futuro.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

DONE! said the gnome

Gente feia está sempre com pressa. Ela comprou um livro de auto-ajuda. Coitada.
A costumeira tropa de adolescentes bêbados gastando a testosterona com pequenos atos de vandalismo exclamaram:
Ela é uma bruxa !  Um pato ! Arranjem um pato !

E depois não há só as bonitas:
Há também as simpáticas.
E as feias, certas feias em cujos olhos vejo isto:
Uma menininha que é batida e pisada e nunca sai da cozinha.

A burrice no Brasil tem um passado glorioso e um futuro promissor, mas os jovens tomam conta do resto.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A HISTÓRIA DO MEXILHÃO FEIO

Era uma vez um mexilhão feio. Ele era tããão feio, que todo mundo morreu.


FIM


Oy! Oy! Oy!

¡Hola! Hoy, en comemoración de los 70 posts de este blog, hablaré fuera de la personaje. Bien, como vés, hablo el portuñol, pues soy de Portuspaña! (can you see the real me?) Cuando te vás e cuando te véns, miro en tus ojos e hablo "guantanamera, quizás, quizás, besame mucho!" y usted habla en respuesta "drugras son peligrosas, chico" y pergunto "¿qué dizes?" y ´vós "sí sí, credita-me" entonces eso és o que tenia a hablar. (Reader?! READER?!)

Ditos e modos do truão

É engraçado como é o começo. 
Principalmente quando duas pessoas se conheceram por acaso, se interessaram quase que de imediato e começaram a ficar junto. 
Tem sempre aquele esforço pra disfarçar nossos defeitos e realçar as qualidades ao máximo, até o último momento. 
Até que você e ela começam a perceber aqueles pequenos defeitos escondidos, ocultos.
A preocupação de manter o bom andamento da carruagem é constante, 
coisa que pode muito bem ser comparada a um escritor mal inspirado editando, ou tentando editar, seu livro.

Seus melhores contos são os primeiros que vêem à mente, claro. 
Mas a compilação de bons momentos, e que na opinião do autor são interessantes para seus leitores, não é tão grande assim. 
Palavras de amor e carinho são ditas e escritas a todo instante, assim como alguém que está lendo o livro comenta pra si mesmo 
“esse livro é ótimo,estou adorando”, mas que na verdade só o faz na tentativa de adquirir um algo mais; afinal, a gente nunca tem nada a perder.

Livros nos contam as estórias fantásticas, um romance, ele pode o ensinar a lidar com negócios e investimentos.
O amor são negócios. São ações, investimentos, onipresença desejada mas impossível.

Nunca acordei amando,
mas já fui dormir assim muitas vezes.
Nunca perdi a fome.
Nunca recuperei nada.
Já olhei muitas manhãs com cara de última,
já desci muitas ruas que tinham ar de fim da linha,
já me senti vezes sem conta irmão das poças.
Já bebi muitas auroras
em companhias mortas.
Já fui expert em cinzas.

E o foakeanismo que já foi influenciado por religião e filosofia, ócio e matemática, comédia e política, agora, é feito de bobo pelo autor exaltado.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

As vacas aladas e seus papéis na sociedade pós geração X



Um adendo: a chamada "Dança do Quadrado" é claramente uma crítica veemente ao status quo inerente à cultura brasileira, afinal nossas castas não são tão claras como na Índia porque não há no catolicismo justificativa costumeiramente mirabolante para tal sistema como há para os hindus. É com você, Bonner.

pequena

- pororoó, pororoó roropó - assoprou Charlie Parker
- tururu tá tá tá tum tum tum tum booujzé! - respondeu um baterista, meio distraído.

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Ele disse que não queria ir, mas acabou que não agüentava a vontade de ter perdido o que queria ter. Assim sendo, assim foi. E era azul seu caderninho preto, e nele tinha escrito:

Não há flor que se cheire
Não há amigo que se cale
Não haverá quem te chama
Dizer-te por que.

Assim sendo, assim foi. Fechara o caderno e agora corria pelo sonho amarelo de luz, amarelo de girassóis, ou mesmo amarelo como pães franceses não muito assados, mas também não tão crus, assim como aqueles da padaria ali da esquina, com um pouco de gergelim em cima e massa bem batida. E cantava:

Não há nenhuma que te ofenda
Não há nenhum que não o faça
Talvez até te falem depois
Mas já não terá mais sentido.

Assim sendo, acabou não indo tão longe quanto pensava que iria. Sentara entre as incheiráveis e procurava o Mundo em seu bolso direito. Era o único que havia em suas calças, que por sua vez era a única de seu guarda roupas, que, no entanto, era o único na região. Importado de terras distantes como o velho Cataio. Lugar lindo, onde o sol se põe quando tem vontade. Se não tiver vontade lá, talvez tenha no Ceilão... De qualquer maneira, era seu único bolso e o Mundo não estava mais lá. O que seria dos outros sem o Mundo? Sabia que o Mundo era importante, então abrira seu caderno azul, que por entre as pétalas e ramos, por alguma razão, parecia mais azul do que realmente era. Escrevia sobre o Mundo, numa organizada bagunça, numa dança de invertebrados no escuro de um salão numa madrugada de Terça-feira. Escrevera:

Não há bolso em que ele caiba
Na feiúra tem sua beleza
Nas palafitas e pobreza,
Manifesta-se vivo e cortês

E escrevendo, viu que o que era cru e simples, na verdade era complexo e estranho, cheio de mistérios, ministérios, menestréis, méritos e ministérios de misteriosos menestréis. Cada qual com seus méritos. E escreveu mais. E mais. Escreveu sobre o gado, sobre a convivência, sobre histórias dos avós, sobre Romeu e Julieta, sobre Bento e Capitolina, sobre Frederic e George, sobre Jane e Eddie, Dirceu e Marília, e muitos outros, escreverão ainda de muitos que virão, mas, só o que faltava era eu escrever sobre ti. Porém acho que nunca conseguirei descrever teus olhos meio orientais, porém ocidentais, teus cachos de anjo, que envolvem o olhar de pecadora divina e tua boca que firmemente me cumprimenta. O que direi da pele branca como o som de violões e flautas, e sobre os sorrisos esboçados em horas mais que perfeitas?
Direi que não há o que dizer. Queria dizer-te, mas falar isso hoje em dia parece mais uma música mal versada, tão comum.

Assim sendo, assim será. Só se você quiser, é claro.

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7/3/2008, de madrugada.

domingo, 16 de novembro de 2008

O meia-boca contra-ataca

Nessa mesma hora amanhã, onde nós estaremos?

Eu tenho que ir.
Eu queria ter ficado. Eu queria ter feito muitas coisas.
E eu que cheguei a pensar que você era louca. Eu sai andando, pela porta mesmo.
Eu não sei, acho que eu me senti assustado, igual um criança, foi muito pra mim, me extravasei.
É, eu sei. Eu pensei que você sabia isso sobre mim. Eu corri da minha humilhação.
Você disse que não tinha problema se eu fosse, mas você disse com tanto desdém.
Tudo bem, agora eu sei que você queria que eu ficasse.
Eu sai pela porta e minha memória acaba aí, não tem como continuar.

Abençoados são os desconsiderados, pois eles conseguem tirar o melhor de um erro crasso.
Quão felizes são os muitos virgens inocentes. O mundo esquecente pelo mundo esquecido.
Cada oração aceita, e cada desejo resignado.

Qual é a verdadeira identidade do homem-morcego? É muita dramaturgia pra um embaraçado?

sábado, 15 de novembro de 2008

Oliveiras

blup-blup-blup pinga a goteira

-por que a gente não vai ali no canto? você filma e põe no youtube depois
-mas tem bicho da azeitona naquele canto!
-han?
-bicho... da... azeitona... goes AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA(zeitona)
-how interesting... shall we?

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Cro-Magnon

A garotada, a maioria bi, cheio de antropófago.
Uma festa num iate, longe da civilização, todos bebendo.
Dois jovens se distanciam e engajam-se numa conversa despretensiosa.
Tipicamente, suas filosofias entram em conflito.
"Mas todo o sol que ilumina os corredores do universo brilham pouco diante da faísca de um único pensamento..."
"Sim, muito poético. Deixe-me saber quando entrarmos na alma."
Mais pessoas agrupam.
"A alma? A mente finita não compreende a infinidade - e a alma, que vem de Deus, é infinita"
O tema levanta discussão na platéia.
"A alma pode ser infinita, mas nosso tempo, do homem, é curto"
"Eu não sou o homem que pensam que sou em casa, sou um homem da Terra"
Mais olhares e ouvidos curiosos, joviais.
"E qual a graça disso?.. Quantos anos tem?"
"14.000"
Risadas.
"Conheceu Jesus, Buddha, Da Vinci?"
"2 sim, outro foi o acaso que me levou a este status"
Hesitação.
"Diz-se ser Jesus, meu amigo?" - gracejou
O jovem, são, espia à sua volta com um olhar sincero e demonstra frieza, como se estivesse com pena destas pessoas; todos estavam sérios, aguardando.
"Sim" - disse com convicção
E todos ficaram quietos.

Coisa da idade

professores de esquerda, revistas de direita... as bibliotecas deveriam ser mais tridimensionais. (que fossem arredondadas nas bordas)

Talvez seja o foakeanismo o eixo que parte na direção do teu coração, te corta, dilacera;
Talvez esteja o foakeanismo só à espera.
Peut-être nous are les fils de Descartes (that wanker)
Talvez o foakeanismo tenha sido um erro, ou o ócio legítimo que sempre propusera; a incorreção, o certo pelo errado, a desobediência civil literária quase personificada.

...tanto faz, ninguém lê mesmo.

Aspirina de graça, na praia, na mesa de bar

Choram as bromélias com a toxicidade de São Paulo,
a Mata Atlântica, o caranguejo, supérfluos.
Resta o brasileiro nulo.
Minha vida de plástico e papel, industrial, comercial,
Doméstico, hospitalar, nuclear.
Consumo consciente não é a mensagem,
pois os resíduos do esforço fazem o pobre chorar,
e ele chora porque é pobre.
Mas não vamos generalizar,
choramos quando perdemos tudo embora não tenhamos nada,
por essa filosofia paralela que salta aos nossos olhos com um sabor pitoresco,
Com uma graça que nos faz pensar e nos deixa admirados por conta desse dom que o povo tem de mostrar
o quanto é sábio ao emitir seus conceitos.
Isso nem é uma solução; que há problemas de montão, que há o apagão, a arte, a bomba, os corações partidos, o foakeanismo, a seleção.


Mas isso logo desaparece frente à dúvida de onde colocaríamos uma cruz em memória às vítimas do século 21.
Rasguei metade das páginas daquele livro de filosofia que me deram. Eles dão esses livros pra qualquer um.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

And now.... for something completely different

preciptações com descarga em compartimentos recipientes contendo H2O

o maior jardim costeiro do mundo. eu andando nele. em ótima companhia. chove.



um quarto mal-iluminado no dia seguinte. chove. A veneziana aberta até a metade acumula as gotas e deixa que elas pinguem escandalosamente em sua calha, espirrando como carne congelada posta em óleo fervente; as gotas são como as que caíram quando eu era o bobo, e ela era uma dama não muito prestigiada na corte, porém estranhamente bonita.



Num banco teus cabelos são como fios de chocolate ou ainda cobre sob a luz solar, e toda a luz que precisaria no meu quarto é a dos teus olhos. Não estou apaixonado; não me apaixono. só estou sendo foakeanista, e o ócio é o que nos ilude com essas bobeiras (amor, arte e chuvas -pois chuvas diárias nunca impediram a inglaterra de descer tecido pelo Tâmisa, day after day.)

O bom senhor que o saco tanto doía - 1(um) épico em 3(três) estrofes


fui beijá-la na boca, mas ela beijou-me a testa
antes, riu docemente enquanto eu fiquei ali, estático,
com cara de merda. As mulheres sabem o que fazem quando agem assim.

[Fui na casa do meu tio palmeirense e comi aquela macarronada do caralho.
Que vulgar meu senhor, Eu me esforço, afinal sou fiel ao meu time]

De noite todos os gatos são iguais
Somos gatos igualmente pardos. A mentira de nada nos serve.
Eu vejo-te a ti, e tu vês-me a mim.
Talvez as injustiças e clichês ridículos do mundo possam ser derrotados às vezes.
Era o inverno da alma.
A pátria tirou a blusa na minha frente e mostrou seus seios,
Acanhado, confuso, chateado, com o saco doendo, decepcionado...
Eu fui embora.

Futuro do Pretérito de novo

Eu poderia escrever um texto aqui.



Você ficaria entretido por alguns minutos (se lesse, preguiçoso), eu tentaria divulgar um pouquinho ali e aqui (sem efeito) e finito. Mas tô cansado demais pra isso.

Poderia falar sobre os relógios quebrados do menino que é feliz pelo nome e de como sua amante não gosta de agrotóxico, de quão vermelha ela é mas naaaaaaaaa, não faz meu estilo.

-------------------------------------------------------------

Ranho, meleca, expurgo, catarro verde que vem da alma do fundo do pé, quase sólido (como tijolo) tens nojo tens nojo tens nojo! [e é aqui que kläus diz -o senhor tá com nojiiiinho é?]

O asco e a dor num frasco de churrasco
Tingundeludê-demdum: PÉÈÈÈÈÈÈÈÈÈÈÈÈÈÈÈÈÈÈÉ (ventava tanto que os acentos mudaram a pose e o tamanho)

domingo, 9 de novembro de 2008

Para relaxar, todos somos imperfeitos, à minha perfeita

Estamos perdidos na tradução entre o mundo e cada um de nós como parte desse todo.
Acompanhando a exasperação e o cansaço, a sua euforia e a sua descoberta.
A vontade de inventar o seu próprio caminho, a sua própria linguagem, a procurar no seu íntimo o desfecho, a explicação disso tudo.

Eu tenho que ir embora, mas não deixe que isso venha entre nós.
[Eu quero nossos relógios quebrados para o tempo parar]
E dizemos adeus a nossa alienação e solidão compartilhada,
Aos nossos encontros e desencontros.

sábado, 8 de novembro de 2008

Fudelança, a pseudo-sociedade do eremita

Eu dou um passo adiante, para fora da caverna. Tudo o que resta lá dentro são uns livros velhos e uns rabiscos feitos na parede.
Platão já a deixara tempos atrás, mas para não sentir-me solitário conquistei a amizade de seus corvos.

Os corvos são bons companheiros, considerando a realidade inteligível, porem é a realidade sensível, mutável, que faz o meu dia.
Nossos diálogos variam do mundo das Idéias, a estaticidade e a dinâmica, mas os corvos gostam é de nos fazer de bobos.
Eles questionam se o ser humano conseguirá algum dia atingir realmente o conhecimento total e genuíno, fazendo-nos oscilar entre uma resposta dogmática ou empirista.

A realidade é real? O naturalismo é natural? E o milagre é sobrenatural? A ciência, detentora única do saber, é o ideal?
A ciência leva à ficção científica, mas sua definição nos diz que ficção é fraude, dissimulação. Isto nos diz que ela é um crime? 
A meu ver, o sim roubaria do meu texto os corvos, e minhas únicas e exclusivas companhias.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Won't Get Fooled Again

O gosto do azedo é o que me vem a boca enquanto reprimido;
o gosto do prazer, de suas taras mais perversas deve ser o que te saliva

você que na encruzilhada, encontro dos eixos deveria ficar
tu que coup d'etat joseph e sentou-se em seu lugar

intercepta como se fosse um bilhete num post-it sem cola (o que era privado)
e lê sem humor e sem compreensão da amizade
[pois não há mais quem lhe foda (descontas na escola)]
e só vês o cinza da cidade

let it run free

...e vocês, pequenos sargentos reprimidos, de cérebro como novo (pois recém foi lavado)
entregam aquele que resistira a lavagem,
como se algo ganhassem,
como se alguém perdesse; é só humor, it's only teenage wasteland. We're all wasted!

Coisa mais leve está por vir, até então, cave seu buraco.

I
Rápidos, incapaz de descrever, os detalhes não importam pois a fragrância de amantes é sutilmente assoprada com os ventos do verão, é o tipo de noite onde todos falam, todos escutam e ninguém respira.
O bebê chuta. O homem vê a mancha de chardonnay na saia da mulher e grita, desesperado:
-Você não acredita mais que amor é a única razão de nosso viver?
-Não.
-Então me diga a razão de meu viver! Não precisa ser amor. Eu viveria por aquela cadeira. Eu viveria por aquele quadro! Apenas me diga. Me diga a razão de seu viver que ela se tornará minha razão.
II
Não há uma grande orquestra ou um pôr-do-sol, não há choradeira ou um grand finale, Removendo as cores de nossas visões, o homem apressa-se a confranger o infante, e ambos choram.
O infante pela vida, um perigo concreto ao seu ver, o homem pela sua vida, abstrata, arruinada.
Ela correu suas mãos pela mesa, mas fora rejeitada pelo homem rejeitado.
III
Sua barba malfeita esconde as feições opostas de reluzente, o homem não é feliz, até onde ele sabe, o garoto também não é feliz e a mulher, seja a ilação de seus gestos, poderia estar distante ou próxima que seria indiferente.
O homem não vê mais as cores, mas ele vê um cego:
-Será mesmo, realmente, amarelo o sol e azul o céu? Por que não ser lilás, vermelho ou quem sabe seja apenas som?
O homem olha a sua volta, agoniado, agora compreendia:
-Quem é que não enxerga aqui, será eu ou você que não percebe?
Não seria indiferente!, ele está sozinho.
IV
O fim chegou, o homem avista a última cortina, viveu uma vida vazia cheia de arrependimentos, o homem olha para o lado e puxa conversa:
-Eu conheço um lugar onde a gente pode aproveitar tudo que não estava previsto.
Para dizer as coisas que realmente sente e não as palavras de alguém que ajoelha, para isto que estava lá.
E sua doce dor se esconde por trás de um sorriso, corrompido, comprado, fingido.. finalmente feliz.
E o filho buscou em vão identificar motivos para não querer guardá-lo.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

O Patriota

Menina dos olhos de jaboticaba (eu falo isso pra todas)



será que o céu é tão bonito assim? não é azul, é rosa de carvão negro, e as nuvens escondem a lua da minha vista; as flores (que não são margaridas, mas tulipas) dão lugar a coqueiros que não são daqui carros que não são daqui prédios que não são daqui mulheres que não são daqui (mulheres são de lugar nenhum); deixam tudo cinza de europa, cinza de sãopaulo, cinza de ordemepogreço cinza como A Fábrica.



mas orgulhemos-nos

domingo, 2 de novembro de 2008

toda vez que conto até três

Toda vez que passo no corredor indo à cozinha, saio do meu quarto (são 10 pras 3)
Toda vez que passo no corredor onde há um quadro de flores amarelas, cores vivas como as da bandeira que tremula no alto do mastro, da montanha no outeiro
Toda vez que passo bato o ombro na pintura,
deve ser enorme minha envergadura

[o corredor deve estar encolhendo (devo estar bêbado)]

toda vez que procuro o que comer
um pão, queijo prato, bolachas
não os acho, onde estão? comera-os algum de meus irmãos?
Provavelmente.

sábado, 1 de novembro de 2008

E há quem goste...

O que acontece quando o garoto cansa de seus textos?
Ele inventa mais, os tornando mais pragmáticos, autênticos. Talvez uma piada aqui, outra lá.
Não. O garoto acha a revista em que trabalha uma merda, fofoqueira, embora não seja de fofocas, explícita, embora não seja pornográfica.
Ele sonha em matar dois assistentes de arte e um redator junior só pra relaxar e sair sem dizer boa noite pra ninguém.
Ele então poderia abrir um restaurante, sendo que cozinhar sempre foi um hobby seu.
Não existem aqueles chefs malucos que preparam pratos com leite materno? Talvez ele pudesse usar leite paterno. E quem não se importasse iria.
Deste jeito ele poderia fazer o que quiser, não precisaria mais mentir.
Ao acordar o garoto logo diz que à sua esposa "Não te amo mais!", saindo de casa olha para a filha e diz "Você foi um acidente, a camisinha estourou!"
Chamar seu velho vizinho de fascista, ignorar os pedintes, ser poupado das piadas de seu maître, ligar para seu amigo e chamá-lo de deprimente, reclamar de sua garçonete que usa minissaia depois dos 40 anos e quando fechar o restaurante, parar no boteco e pedir o bom e velho chope aguado e sem espuma e falar para sua amante que nunca vai casar com ela, que só queria sexo.
Mas vamos à verdadeira história do garoto, pois ele não se tornou nada disso, e muito menos conquistou seu espaço.
Aos 2 viciou-se em papinha, aos 10 em cola, aos 15 em maconha, aos 25 em cocaína, aos 40 em álcool e agora, aos 50, em viagra.
Um dia entrou no orkut e viu uma comunidade em homenagem à sua namorada.. "Eu comi a Aline", infelizmente, a comunidade tinha 1.252 membros.
O garoto volta aos seus textos que sao diferentes do usual tem influencias da geraçao beat escreve sem usar virgula sem ponto sem acento sem hifen.
Afinal de contas, ele não era um garoto?
Olhe para trás e lamente sua perda de tempo por ler isto.

Jezebel

Tolo o escritor que se apresenta, derrama as palavras a sua frente mas não as expressam como deveriam ser.
O escritor come uma, duas modelos por mês, cheira pó em suas reuniões artísticas pedagógicas e então o escritor escreve, sobre o minotauro de seus sonhos, porque as modelos não o satisfazem, e ele sonha com o minotauro e o minotauro, em retorno, enrijece e de certa estatura o amedronta.
E então o escritor volta a seu carnaval cotidiano que nada importa, nada acaba, e as modelos passam.
A ex-menininha tinha uma língua que parecia um liquidificador, tamanha a velocidade que ela a usava.
O escritor pensava que isso era inspiração, mas no fundo, tudo isso nunca foi deleite, era tudo baseado no seu sofrimento, na sua alma caolha, na sua cela psicológica, isto sim! Ah, isto era seu auge! A representação crua de sua vida, de como ela poderia ter sido, e nunca mais será, de como um corpo inane ainda pode obter idéias brilhantes mas sua luta extra corpórea não o leva a nada... ao fracasso... a eutanásia.
Tolo o leitor, que se deixe levar pelo fato do escritor ser homossexual, levantando a questão do bem ou do mal, nada conta quando se é ateu, pois seus contos de horror não contam a maldade do homem ou de seu deus, mas sim da humanidade, uma crueldade, e sua crença, um devaneio.
O horror. Da mulher, da criança, do minotauro.

Bob Magog, the Nob



A Quick One



(sic)


Alguma coisa está errada quando o artista não consegue nem escrever o nome do próprio movimento, mas enfim.

Feliz Dia do Saci



Esmóle porreta retado no desenho

Avexado, mas digno de um bozó

Da Voyage


Welcome to Tokyo


quinta-feira, 30 de outubro de 2008

À beira das margens da latrina

Você que tem 15 bilhões de anos de patrimônio em suas costas,
fazendo amor por 2 minutos,
nada conta em nossa história, para tudo o seu gozar,
tudo faz parte de 1 segundo, onde reis, batalhas, migrações e amor,
são condensados .
Desiderato do politico canhoto,
acreditando em seu antídoto,
nada importa em nossa história, para tudo nosso bem-estar,
tudo faz parte de sua existência, porque a vida inteligente
não sou eu, homem.
Somos a suprema mutação,
e o próximo segundo depende de nós.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

sábado, 25 de outubro de 2008

Matéria da Capa. Revista Caras (de Pau), ed.69, Outubro/08

Após sua estréia no tapete vermelho com seu filme mais recente "Lamba que é de manga! - A Autobiografia do ET de Varginha", Geraldo Pardieiro desfruta de seu sucesso com Cacatau e Lacroix, atores afro-africanos de peso.
O Sr.Gérard Depardieu atendeu à XXIII amostra de cinema do Agreste apresentada por Cid Arruda e não só aprovou a atuação improvisada de Geraldo como também elogiou seu francês,
um caso estranho, pois Geraldo não fala francês..sendo que ele mal consegue balbuciar palavras em português.
Pardieiro, com seu grande montante de dinheiro recentemente adquirido, comprou uma mansão de latão na região do Algarve, localizada no políngono das secas, e uma estrada de ferro onde, em suas próprias palavras, "vai ter trem de água vindo do mar doce pra todo mundo beber e plantar", a estrada liga sua mansão até a Bacia Sanfranciscana.
Além da fonte infinita de água planejada por Geraldo, o grande ator construiu uma estátua gigantesca de Jeremias José, seu grande amigo e financiador de seus primeiros filmes amadores. A estátua serve como um incentivo a Jeremias que recentemente caiu numa embriaguez de sucesso devido a sua embriaguez.
Após vários projetos concluídos, casado com a filha do padeiro em sua mansão e pai de 42 filhos,
Geraldo Pardieiro agora desfruta o ócio para contribuir ao Foakeanismo com sua banda de
Forró-Progressivo cheia de pseudo-intelectuais e que tem um vocalista holandês que originalmente foi até o Nordeste vender aspirinas e acabou por achar sua vocação nesta banda fabulosa chamada Bitlous.
Enfim, mais notícias do Geraldo estão por vir, elas vão ser curtas e intensas como suas músicas.

Por:Enviado especial Uindus da Silva (grande anão da Comissão Mista de Orçamento do Congresso na década de 1990).

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Une fomme et dieu

Porque Caetés é a Paris do século XXI!
Porque o Foakeanismo é a nova revista Caras!


... Chaillot 48; on a theatre next to you!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O Rock errou e eu entrei nessa e me estrepei.

-
Eu entrei no quarto, discretamente.
Surgindo das sombras eu caminhei até o pé da cama.
Eu levantei a guitarra acima de minha cabeça.
E justamente quando eu estava pronto para descer a guitarra como um trovão,
estraçalhando-se no centro do leito,
Meu pai acordou, gritando: Pare!
Espere um minuto, pare com isso menino. O que você pensa que está fazendo?
Isto não é jeito de tratar um instrumento musical caro como este!
Eu apenas disse Pai, eu te amo, mas você ainda tem muito a aprender sobre
rock n roll.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

The British Collection




Coerência



Tragédia pt I

Oh efêbos e efébas, é assim tão difícil compreender este que vos fala? este que grita, urra, adormece ao som de uivos e descuidos, este que guiza e turra, que madura até certa altura? Não pensam? Deixam que números finitos porém enormes os guiem? Mas o que são cem zeros aos olhos do artista? São rodas, são sóis, são aros, são coisas que nem o artista sabe mas procura descobrir. E você, efêbo, eféba, que só descobre o que sabe? Bom, de você, eu rio. com razão. (pois só põe pontos no fim das frases; pois põe letras maiúsculas em seus começos. Pois usa ponto-e-vírgula com parcimônia, e eu, bom, eu AAAAAAAAAAAAAA)

Rapisódia do Observador. Cabra

Os contornos delineados a seguir são de autoria de Augusto Coelho Neto Jr. 





Homem-Orquestra

Tic-Toc

domingo, 19 de outubro de 2008

Que som é esse?

He-Hello-Hello
I Am Foakeanista.
É tudo que ele diz, o Macaco.
O Macaco andou pelos quatro cantos do universo.
Obcecado em procurar a imortalidade e poderes
mágicos, ele viaja pelos cinco continentes terrestres para
achar um professor.
Ele acha Subodhi, um mestre Taoísta, que ensina o
Macaco a arte da antropomorfia.
Subodhi então nomeia o Macaco de Sun Wu Kong:
O Macaco com a Concretização do Vazio.
O Macaco, agora sábio, se refugia no monte Arashi.
Com seus aprendizes, sua tranqüilidade e sua música.
E lá, em suas fontes de água quente, o Macaco reflete
sobre o Foakeanismo.

-E ele diz; AAAAAAAAAAAAA

sábado, 18 de outubro de 2008

Foucault e o Caos no País das Maravilhas

Bonsoir. O sax grita:
O som da noite é um tribal.
Você acorda, levanta a cabeça, extático.
Un...Deux...Trois...
A serpente de sete cabeças sussurra que o sonho ainda não acabou e lhe oferece duas pílulas.
Um sonho?.. Esta viagem depende somente da criatividade.
Pois bem, o sonho é preto e branco. Noir. Você guarda uma pílula, a outra você engole. E você cresce.
Dançando ao som dos tambores. U-ha, U-ha. Você grita Ça Va?
E a pobre tribo olha ..Ça ne fait rien...é seu sonho meu caro.
Então você voa, e você viaja exalando liberdade, e você reproduz excertos
de Chaucer e Homero, coisas pequenas que se perdem na memória ao longo dos anos.
Todas as luzes da cidade apontam para sua cara, feição deslumbrante, as pessoas
passam Salut, acenam, andam rapidamente, você só as percebe quando falam novamente
Bon voyage! e elas se foram.
Descalço , onde a pedra queima seus pés, você corre atrás do coelho e ele grita Je regrette, mais...
é o que você quer. Você se deita na pedra e a serpente o carrega, a luz atravessa as nuvens, e a luz o atravessa, Uh, Cela m'est égal.
Você acorda, então você engole a outra pílula, e atravessa o longo corredor, tudo em sua devida proporção, suas pernas tremem, você aponta para o espelho e diz EI seu velho, AH, vas te faire enculi.
E o espelho responde Merci.
Você olha para o relógio, lava a cara, o encara novamente e diz Bonjour.

Ladies and Gentlemen, here's The Elbow Band!



Sofia - The Elbow Band

É só usar sabão.

www.myspace.com/theelbowband

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A Fantástica Aventura de Raul

Tem um buraco no chão de minha cozinha, olho pelo buraco e vejo um morador, vejo o topo de sua cabeça, calvo, ele está solitário, barrigudo, distante.
Ele tem uma charuteira de couro, 4 unidades. Um terno com um crachá escrito Raul.
Raul escuta um rádio distante tocando Sinatra. Raul procura putaria na internet.
Raul usa as meias que ganhou de Natal. Raul olha pela janela e grita:
"Vai garota, não complica. Seu preço é bom, é justo. Vai fazer todo mundo te amar."
Certo dia Raul volta para casa, senta a bunda na cadeira do escritório e observa sua meretriz.
Enche as narinas com seu estupefaciente, a vida é bela e curta.
Raul exagera na dose, se contorce, olha para cima, vê minha cara e começa a rezar, sem pose, sem falar. Toca Raul que dá gosto de ver.
Hipocrisia não é mais cinismo, é multilateralismo.
Um afago para cá um cuspo pra lá, e assim o país inteiro vai te amar.
Raul, alguém deve estar rindo de você.

(Jean Michel) Jarro


Sobre o Foakeanismo

Talvez ninguém tenha entendido o manifesto, mesmo que não exista muito o que se entender. O Foakeanismo é só uma desculpa pra se fazer nada. Nossas premissas são vazias e nossas inspirações são amplas. O Foakeanismo é um guardassol enorme numa praia cheia de poetas, músicos e desocupados em geral.

O Foakeanismo é uma pessoa por si só, assim como o era Pessoa; não se apegava a movimentos, não havia aos quais apegar-se nem razão para fazê-lo; em verdade, era por si só o movimento. Foakeanismo é o que nós quisermos que ele seja.
O Foakeanismo é um filho único.
O Foakeanismo é o que você quiser, leitor.

Note que aqui não existem erros de português, existem distorções da linguagem culta em favor da poesia.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

O Boneco


Um tributo aos Max Steel, GI Joe, e coisas do tipo.

Na Gafieira do Vidigal



quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Hino ao Servidor Público



Uma certa multinacional da área alimentícia já me procurou para usar a música em sua campanha de natal, mas eu ofereço à vocês em primeira mão. Parece que eles compraram Selene no pacote, mas isso aí é com meu colega bretão; aqui vem o ponto.

Ensaio sobre o Insensato (Parte I) Teatro

Espectador, contemplando sua banana amadurecer
E olhe a sua volta, Ora
Onde estamos agora?
Me deixou a ler textos, isto era para você

Então, um certo dia
Olhou pro sol e viu que não mais ardia
Apenas um slogan ocupava a bela bola
Com simples dizeres: Compre Motorola

De verde nunca foi!
Sua pior estupidez, foi!
Era de meu direito você largar a casca
Jogá-la fora e curtir a bagaça

Então, um certo dia
Olhou pra lua e viu que ela não mais refletia
Apenas um slogan ocupava a bela bola
Com simples dizeres: Beba Coca-Cola

Queremos nos juntar às galinhas, as galinhas.
Pois elas não julgam as bananas pelo tamanho.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Contos del-Rey D. Sebastião

Vinha lá Sebastião a cavalgar, pocotó pocotó pocotó
Brandia sua espada no ar, fiu, fiu
Estraçalhando gargantas, herói português

Vinha lá Roxanne em seus saltos, toc toc toc
Rebolava o corpo magro na saia curta, já era grande p'ra trabalhar
"Papai já tá velho, minha filha vai p'ra avenida, arruma um gringo pra pagar"

Rio Grande, cadê o herói português? o que fez?
Enganaram teus índios com pedra,
levam pau, deixam sangue, pelo mangue, pelo rio, pelo mar, pelo chão
Mar de D. Sebastião

Pérolas da Montanha e afins

Eu poderia escrever um texto sobre uma loira, envolvendo seus belos atributos, fumaça de cigarro, whisky, jazz, poesia, burguesia e traição, mas prefiro não.
Eu poderia escrever um texto comum às ilustrações do blog, com o capeta e suas alucinações, um verdadeira liberdade de expressão, mas prefiro não.
Prefiro não fazer sentido ao escolher escrever sobre o bebopear de sua bandinha de bar que ao som dos japoneses contemporâneos faz seu jazz, com sua fã loira que adora o capeta, (coitada, é moderna) mas também o adora pelo fato de ser músico, careta, um poeta do som, movido pelos instintos e alucinações, enchendo seus bolsos nos pequenos palcos, não mais de um degrau de altura o separa da plateia burguesa, apreciadora não só da música mas de seu whisky também.
Rostos e peitos e bundas disfarçados pelas sombras e luzes fracas do lugar.
Citando caras como Durkheim e Proust e Sartre.
E é nessa hora que a historia provavelmente iria ficar óbvia e sem graça.

domingo, 12 de outubro de 2008

-é piaaada!!

então vinha lá o purtuga correndo do lobo mau mau mau mau AAAAAAAAAAAA
então vinha lá o argentino, tinha mai que AAAAAAAAAAAAAAA
então vinha lá o joaquim, zé pereira, manuel NÃO NÃO NÃO diz AAAAAAAAAA, AAAAAAAAA

digo digo digo! quem vem? quão rápido vêm? NÃO NÃO NÃO! Não venham! sozinho fico pois a ficar sozinho realizo-me! não sou um animal; sou mais que isso, sou sozinho por isso; quantos outros mais sozinhos estão, comungando da solitude e do egoísmo proposital? how many more? how many more? how many more? how many more?

how many more? how many more? how? how can they do that? how can one long for being alone? nobody by her side, she cries, standing in the pouring rain, and she cries and she cries puddles of salty water; her eyes are all clouds/her eyes are all pride/she calls in the dead of night/she stands naked, observing shrapnels of mirrors laying on the floor, 2000 maybe more, there she stands, there she stands; stands there the nude body of hers: pale soft lines apples tight, the girl in her eyes; standstill as he takes her youth away; he takes it proudly, he's more of a man; she lies awake, naked under the bleeding pouring rain (red rain keeps falling down); justice lies awake: a knife; justice lies awake: the effigy of truth has no longer a reason to stay.

O Fantasma de Sábado (Noite)

Pasmem.A mística do Foakeanismo tem propriedades físicas.
Em sua busca pelo reconhecimento global, um pernilongo-correio atravessou os 7 mares buscando o sangue quente de seus criadores para lhes entregar
uma mensagem dizendo que, de Beirute à Bósnia, onde as pessoas humildes que sofrem indiretamente de guerras tomaram o Foakeanismo como uma
arte religiosa. Milagres ainda não foram realizados e ao contrário da crença popular o diabo não foi invocado, mas a Irmandade Pós-Rafaelita, que superou
a Iluminura após ser dominada pelos inícios de filmes da Disney, revolucionou a notação de pautas de cinco linhas, criou uma guilda menos exclusiva
e mais respeitada que a de São Lucas e resolveu o paradoxo do Gato de Schrödinger, ainda está limitada a um blog.
One FUNKY Blog!

Anti-Foakeanistas, seus cães viris, na Coréia do Sul vocês seriam comidos literalmente, mas aqui vocês são apenas comidos.

sábado, 11 de outubro de 2008

Jackson enfiou o dedo no rabo, cheirou e disse:

O Foakeanismo evolui a cada dia que passa.
Com a crise financeira mundial, o capitalismo vai voltar para dentro do cu do diabo e a nova ordem vai ser representada por nós.
A negritude transcende através dos pênis feitos de tinta porque a Arte é como uma mulher gorda num corredor pequeno, hard to get around, mas necessária.
Através dela podemos nos tornar seres de qualquer lugar, tempo ou dimensão. Mas como pornografia é arte, também podemos dormir com o pau na mão.
Viva.

]}Celso aprova =0{[ e pergunta que porra é essa.

What Do You Think Of These Faaat Ladies....




Aaaa Nico... o loiro só pegava...o grisalho aprovava.. o diabo masturbava..enfim.

Pena que eu só achei uma foto dela com essa loira horrenda no plano de fundo.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Woman from Tokyo




...She makes me see!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

A Arte Perdida da folha pautada




Selo Wagão - Para um homem que não preciso aprovar a qualidade de nada... mas mesmo assim quer.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Coleção dos Quintos, capítulo II

Amplie por sua conta e risco:





Edição Extraordinária


...mas o Klaus mandou dizer que pegava a Nico fácil.

Evolucionismo X Foakeanismo


Coleção dos Quintos, capítulo I

Se eu fosse você eu não clicaria no link: http://img186.imageshack.us/img186/6268/digitalizar0008gj0.jpg

(é sério)

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Foakeanismo! (2)

Afinal a gente podia tá matâno, robâno, mas tâmaquí desenhano honestamente...

...e lembre-se sempre de ler esse blog do começo pro fim, senão vira cacatua (a tua).

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Quanto a arte sonora;

digo que até o fim da semana surgirá!


...não prometo videoclips, no entanto.

EDIT: Olha só que rrrrápidooo! Orôcöooo!



Aprecie.

...mais do mesmo em http://www.myspace.com/theelbowband.

Sulfite, a evolução


Memórias Sentimentais de, João Miramar ou A,AAAAAAAAA


(moças de família, não olhem)


O Macaco Sábio da Montanha


Reflexões sobre o Barroco, a Pornochanchada e Art Rock Inglês


Matemática

Dedicada ao caro mestre Marinho (jovens, jooovens...)

Manifesto


Foakeanismo!

...é um movimento muito pimpão.