quinta-feira, 28 de maio de 2009

Take Five

As a boy I was amazed
by the way jazz was meant to be played,
listen to the base,
look at the drums,
look at the way he plays.

The jack with the baloon lungs,
burning drags, I dig.
The heat, the hep,
the beat and the cat.
To jive and jump in the jam,
I'm a smoking scat, man!
And we're just a two beat band.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Adriana-toca-o-céu.

espreguiça adriana;
estica o braço - toca o céu.

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I.

adriana tocava o céu pois era leve;

sr. português, tu nunca o farás, pois pesam os tijolos e blocos e vigas de aço da gerdau na tua construção. Pois leve é esse pão pra comer, esse chão pra dormir (mas não o que o cobre) -deus lhe pague- relembra o empregado da construção, como se fosse o único.

aquele prédio feio por onde adriana passava se erguia como outra adaga a ferir o céu da cidade que já não se importava. Agora nela residia tudo que não era dali, erguidos tortos prédios quadrados sobre a areia suja e o mar manchado de petróleo apresentado tal qual uma enorme vaca marrom e preta era a vista da qual usufruía. Guaiaó se vingava com a chuva constante que molhava a carga do porto e o ferro exposto o qual com o tempo fazia da ferrugem a estética dramática do sangue, apesar de não ser vivo ou morto; ser ferro. Mas o português domou a vingança com canais sujos, outrora a garantia da assepsia santista, hoje casa de garças.

adriana era leve. surgira de um céu quase limpo numa rua quase vazia. adriana só queria poder deitar na larga avenida e achar que poderia deitar no chão para cair no profundo firmamento. Só.

(hay que tener más...)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

bandeirante paulista

A bota crava o charco
Pisa pelo índio filho da morte;
facão empunhado na mão destra.

Atrás de ti vêm três brancos
Vinte índios;
Caminhando no meio vêm brasileiros, armas carregadas,
Filhos das virgens-de-mel estupradas.

“Nação que é toda nascida bastarda” – reza a carta de Pero Vaz;
“Este é meu testemunho – É a lembrança do que há por vir”

Na mão sinistra, a contraponto de facão
Vem hasteada a bandeira listrada
por sete vezes negra, por outras alva;
Manchada de um tanto de sangue
Que o tempo não alvejou.

Lusitânia continua aqui:

A minha terra tem palmeiras
Que não são de lá
Aves europeias
Forçadas a migrar

Mulheres(,) que não são daqui(,)
Todas as mulheres dali
Para donde vieram hão de voltar

Portugal, pequena joia
te espera de braços abertos, fechados
nus os corpos, nas mãos os cravos
sob os pés jaz salazar

No teu seio, menos amores;
Pois o corta o rio da vila de Pessoa
E te corta
(por Lisboa, vem de Espanha, te corta à porta)
Te corta a porta, Portugal,
do mar sem fim que é português

Pois te deitas além donde Atlas alcança
Portanto às Quinas de Afonso Henriques,
Mandas lembranças do que há por vir.

Amores que não tens, mas que hão de vir.

'le absolute' poém (toute la poésie)

S(t+h) - s(t) = t² + 2th – 8t – 8h + 18 – t² + 8t – 18 + [h²

= 2th – 8h
= 2th – 8h.

água de maio - a bossa contínua

É fumo, É bala, É flor
É mato cortado, é galho sem cor
Nem pau, nem pedra
Começo de mês
Ceia derradeira
Avião sem vez

Nem pau, nem pedra
sabiá-passarinho
de galho sem cor
Sabiá fez seu ninho

É um buda-maçã
Um buda ditoso
Um amigo de pé
É o cão curioso

Faz frio, faz calor
Faz preguiça no chão
Espreguiça, alcança o teto
Toca o céu com a mão

raízes desbotadas

Poemas tristes com um sorriso na boca.
se exprimo minha infelicidade com tanta felicidade, como posso ser infeliz?
Posso escrever sobre amores perdidos, noites frias, astros à distância.
Mas não.
Eu e você, partilhando um copo de solidão.
Bom, ainda assim é melhor que beber sozinho.
E tudo parece um carnaval. Quem não está disposto a uma dança?

Dançando com o tempo, intransigente, as horas passam. mal vividas?
não há bem ou mal. há o despovoado e o profundo, do qual nada persiste.
Nada pode sentir errado, mesmo que por poucos instantes.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

oi

fútil
E só

terça-feira, 12 de maio de 2009

me pega de surpresa

Quando escrevo sonetos ao léu
me lembro de neruda
mas logo me perco
perco a decassibilidade (levo as mãos à cabeça e falo; ai)

neruda e a revolução são quietos
já eu, grito por nada.

assim;

eu te escreveria, mas a luz do sol não deixa, poema;
te descreveria assim como uma onda que cresce de um desenho em nanquim japonês,
mas não sei
Pálpebras vermelhinhas encarnadas de maquilage, piscam, piscam, escarlate
Até virar a luz do avesso

assim;

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Poemas rápidos para noites frias

A beleza que existe,
na terra, no céu, no mar, no luar, no protetor solar das tardes ensolaradas de domingo,
das clicadas na minha polaróide plástica, destinada aos albúns de alguns,
das suas investidas e suas felicidades, num simples jogo de bingo,
do jogo da vida, das vontades incomuns.


O amor que existe,
dos casais que se amassam, o amor no banco da praça,
no claro escuro do cinema, o amor do beijo dentre a imagem que passa,
e nessa noite que a lua veio brincar, você está sozinha,
e só eu percebo, que você é minha.


Pelos canteiros de espinho e flores,
a beleza que existe, o amor revelado,
o triste impasse pelo leite derramado,
no deserto negro, quero ver você, lá
você me pegar.

digestible excerpts for quick readers

É um ultraje, um absurdo, uma incoerência metafísica, um erro residual,
um loop booleano, uma falha no algoritmo, um discrepância social.

chega. eu não valho nada.

eu sou uma experiência viva, sou um desacreditado, um incrédulo antiquado.
eu sou a luz, raio estrela e lu... não, não, esqueça essa.
ponte que te partiu!
à la veloso, arranja vergonha na cara mtv brássiu!

sábado, 9 de maio de 2009

baba-bá badábadó

Fui macumbado, cicrano.
To num ecstasy kafkaniano. kafka, camarada!
me sinto um inseto. sem asas, impossível de se achar por aí.
inseto não. um animal.
Ó uma analogia improvisada.
to construindo meu mundo aqui. um castor.
castor e suas técnicas de roedor.
...ou rato, do mangue e do cais do porto.
com os velhinhos sem saúde dessa cidade. coração vivo, aspecto morto.
mas, não me sinto um urubu.
talvez um homem.

chega de saudade. juro por deus, outra coisa pra pensar.
vou pensar no infinito de nós dois. só pra me provocar.
talvez pensar em repensar meus valores.
que coisa linda, nasci sem roupas, vou morrer sem pudores.
talvez um homem.

minha terra tem palmeiras.. e corinthians. e a gente gosta de pular.
onde cantam a bossa nova. me sinto incendiar.
sem mais lararará.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

La cousa

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Evolucion

sábado, 2 de maio de 2009

Armstrong on the moon. (The earth blues)



All that is now 
All that is gone 
All thats to come.
Me and floyd on the earth blues. Ive got it, have you?

mudanças.

-A senhora pode relatar o que ouviu? disse o juiz
-Bom, ele entrou e gritou você é uma vagabunda, igual todas as outras...
-Sim..e depois?
-Bom...daí foi pum, pum, pum.
-Pum. pum, pum?
-É, acho que foram os tiros

-Ele tinha lá suas divergências com a patroa..mas quem é que não tem?!
Ele não ia matar ninguem, gente, quiqué isso!

-Ahh, eu o conheço desde pequininiiiiinho, não, não faria uma coisa dessas, não.
Eu ponho minha mão no fogo.

Ele foi pra cadeia.

calma e metódica,
tranquila e razoavelmente cômoda, enfim, uma bosta. essa era a vida dele.
ele não tinha tempo para pensar nas consequências. mudou sua vida.
ganhou novas perspectivas, para melhor ou pior, ganhou seu sopro. refrescante.

Bem-vindo.

o jogo.

\E o jogo começaaaaaaaa aqui no famoso estádio Amildo Ferreira Cuzá, o famoso "Cuzão".
A segunda partida, a partida de volta para o time de Pau Grande que enfrentou o Cruzado Madri em terras adversárias no jogo passado!
Com um empate eletrizante de Séeete a séte no primeiro jogo esperamos um jogo aaaaindaa melhor aqui no Cuzão.

É a graaande finaaal.
Com Paaaulinho Pipoca do Pau Grande e Sonho de Valsa do Cruzado Madri disputando a artilharia, queee jogaço!

Faaaala Marlene:
-Olá Osama, boa tarde a todos os acompanhantes da transmissão.
Nesta última semana foi muita contestada a escalação do árbitro Alberto Vulvês, destacando sua simpatia pelo Pau Grande.

Ai está Maaaaarlene com a notícia quentinha só pra você amigo da Tevê Tr-tri-tri-bacaaaana.

O jogo estáá para começaar, já notamos a ausência de César Sinuqinha que rrrrrompeu o saco escrotal num treinamento para a Dança dos Famosos! Em seu lugar Gi-gi-gi-giuuuullllllllmaaar Fubá!

E começaaaaaaaaaaaaaaa o joooooooooooooogooooooo!
Para o delírio do público pagante de 1! Uuuuuum torecedor felicíssssiiiimooo.