sábado, 18 de junho de 2011

t:

-ele não mora mais aqui faz tempo tá grandinho

queria eu ser homem grandinho! eu lhe telefono para oferecer serviços, quisera eu oferecer saudades! quisera eu poder ser vaidosa meu uniforme é cinza! queria uma modinha serenata na minha janela palacete colonial quisera eu trabalho de noite e volto pro meu apartamento no BNH quisera eu! quisera! maquiagem rosa forte

o assalto nos tempos do COLLOR

devia ser uma merda impossibilitada a correção pela inflação

quinta-feira, 2 de junho de 2011

as casas bahia gritam mentiras mal-disfarçadas pra dentro da minha casa enquanto eu corto um queijo com toda a parcimônia
foda-se
meus móveis nem são meus

quarta-feira, 1 de junho de 2011

do lado esquerdo do seu corpo desembainhou a mão destra vazia à altura dos seus olhos
e a observou cair numa brancura infinita do seu braço
a cada nova fatia, o queijo revela de si uma nova face nunca antes vista, mais esbranquiçada ao centro ou mais amarela, numa ferida exposta um talho numa tábua de pia;