sexta-feira, 24 de abril de 2009

Does not Does not

quinta-feira, 23 de abril de 2009

assovios

Talvez eu não tenha queixo ,como noel rosa.
A certeza de que não escrevo como cartola
ou mesmo tenha a loucura de tom zé.
Compor como belchior.
Assim, poetifico o meu solstício secreto,
até o amanhecer de tua escrita.
Depois...o silêncio.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

'Like' is not a light word

My eyes don’t see the same world yours do, honey
There’s no such thing as black and white in my town
For me things aren’t so mercifully clear

You don’t get it do you... 
that I am a poet
Us poets take things tragically hard 
All the sadness in the world is on my bony shoulders
I’m bending, breaking, wounded, bruised, and scarred (spit)

The sooner that you come to realize
I’m a poet
The better it will be for you, meu amor
Then you’ll know the reasons why I suffer
And my dark days you’ll be less impatient of

You’ll never understand (hopefully)
you’re not a poet, mas eu adoro você.
You’ll never feel the fury that I’ve felt
Instead of being happy that you want me
I’m angry you once wanted someone else

I didn’t ask for this affliction (but I like the exclusiveness)
As a poet, que vê
I feel the words your hands can’t as well say
The fact that you’ve known bodies long before mine
Steals my thunder and my joy away

Don’t forget dear,
that I am a poet, um poeta
I could slaughter you with words like razor blades
But I will hold my anguish all inside me
And write it down some other rainy day.
Cinema, literatura, música, sexo e vodka.
Hoje nasce um egoísta e eu estou triste

domingo, 19 de abril de 2009

desculpabraun

desculpa brown
eu sinto muito por ter estragado sua coleção de arte déco.
eu quis dizer A tinta até que não ia mal,
mas eu disse que não
acho que não, não.

(ein deustches poem; ichdesculpabraun.)

sábado, 18 de abril de 2009

Aventuras presidenciais

No bar, ele vira e diz Garçom, pega pra nós aquela cerveja que tá lá no cantinho do freezer que você ia levar pra casa e bota ela na mesa.
Seu estado já não era dos melhores e bebia por causa das "forças terríveis".
Virou para a mesa ao lado, apontou à menina e disse Você para puta só falta a esquina.
Para quem pretendia varrer o Brasil, está de péssimo tamanho varrer o chão com seu bigode.
Pago a conta.
Entramos no seu Austin mini, eu dirigia.
Ele ajeitava a gravata esfarrapada e o óculos torto.
Magricela como era, não aguentava muita bebida. Ele balbuciava, eu ria dele, ele ria de volta, sujeito simpático.
No meio da embriaguez soltou Eu bebo porque é líquido. Se fosse sólido eu come-lo-ia.
O curso prático da língua portuguesa pagava até nessas horas.
Ao chegar em sua casa o deitei na cama e o encobri com seu cobertor e lhe entreguei seu ursinho, carinhosamente chamado de Elvis.
Fechei a porta do quarto, deitei no sofá. Tinha grande simpatia pelo personagem.
Afinal, somos todos um pouco Jânio Quadros.

Lack of color

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sexta-feira, 17 de abril de 2009

Rocky Mãoboa

pápápá pápápápápipápá pam pam pápápá-páá-páá
PÁPÁPÁÁÁ PÁPÁPÁÁÁ
PÁPÁPÁÁÁ PÁPÁPÁÁÁ (nobare)
pápápá pápápá pápápá pãrâm páPÁÁÁ

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Fire in the warhol

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segunda-feira, 13 de abril de 2009

Dark under cctv

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Quem ti vi

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quarta-feira, 8 de abril de 2009

Pqnas obras de arte

Em pau em pedra em fim do caminho
Em folhas
e em pedaços de vidro quebrado estilhaçado nas costas das mãos E por que pegar pedras do chão pergunta a moça de sotaque forte São só pedacinhos de calcário que nem organizados geometricamente tu consegues deixar Mas é arte e isso não se explica Eu explico como coisa de quem não tem o que fazer O que vais fazer hoje pela tarde Pois nada Pois então Pois então Deverias artear sentados num banco de pedra a observar estudantes que copiavam obras de arte em grandes janelas e japonesas que tinham pescoços adornados por lenços de seda discutiam pisando em pedras em paus em fins de caminho Pois não me diga que este prédio tem mais de cem anos Pois te digo E essas moças que não são daqui E esses livros que não são daqui A minha língua não é daqui é de outro lugar Eu sou macaco eu sou gente eu sou cupim Eu faço esculturas em pedras e folhas Eu faço florestas de nuvens e jovens moças Eu faço a ti Mas não esta noite Esta noite farei-te do rascunho Esta noite não é poética como as outras esta noite é só escura Quem eu macaco penso que sou? Saramago?

segunda-feira, 6 de abril de 2009

All that opera

As cordas vocais que cantam no entrelaçado do nada,
cantando seu obrigado à villa lobos e regendo com sua batuta quebrada,
entre os detalhes de ouro e burgundy, entre as cortinas abertas aos olhos perplexados,
entre o cenário simples de madeira envernizada e a platéia rica, canta soprano[dos anjos], bêbada bachiana,
a deusa dos movimentos simples que suaviza o contralto e as linhas pesadas do baixo que a acompanha.

Onde está minha concubina?

Com sua música que faz um homem questionar sua existência, apaixonar-se novamente[intensamente].
Da sacada luxuosa, teatro faustoso ao céu aberto, pinturas raivosas e melancólicas,
Sugue meu ar e com sua gulfadas de canto profundo, o devolva para este defunto.

Assim, minha mancebia, este defunto irá do estado infernal nesta presença celestial à um celeste infinito.

De Stijl

Eu penteio o cabelo usando a sombra como espelho.
Eu caminho em direção à porta com a camisa meio aberta e os olhos meio fechados.
As impressões de número 10 ou 2 ou azul vermelho e amarelo no vidro me intimidam,
mas no meu rosto nada disso fica; o lábio torce.

O lábio torce o lábio em cinco. Tira os óculos, me machuca.


















Piet Mondrian, Composition II in Red, Blue, and Yellow, 1930

Te fotografei na minha rolleiflex.













sábado, 4 de abril de 2009

e eu

eu não existo. Eu tiro fotos de arco-íris em sete cores, revelando então os sete mil amores que eu guardei somente pra tocar no piano e ganhar milhões de reais... lu-í-za!

(rostos de lisboa revisited)

Hoje eu sou o armário.

e era disso que brincavam lá fora na chuva. Na sacada, desce, chão de lajota cinza e um terno preto te proteje a barba. Um quarteto de cordas e um buraco na parede; buracos vazios têm significado enquanto existem.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

RÔLA NA PORTA DO FUNDO



Essa rola antigamente
Vivia caçando briga
Furando pé de barriga
Doidinha pra fazer gente
Mas hoje tá diferente
No mais profundo abandono
Dormindo um eterno sono
Não quer mais saber de nada
Com a cabeça encostada
Na porta do fundo do dono
.
.
Já fez muita estripulia
Firme que só bambu
Mais parecia um tatu
Fuçava depois cuspia
Reinava na pradaria
O talho era seu trono
Trepava-no sem sentir sono
E sem precisar de escada
Mas hoje vive enfadada
Na porta do fundo do dono
.
.
Nunca mais desvirginou
Uma mata vaginosa
Há muito tempo não goza
A noite de gala passou
Vive cheia de pudor
Sonolenta e sem abono
Faz da ceroula um quimono
E do calção uma estufa
Vive hoje a cheirar bufa
Na porta do fundo do dono