terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

remodelagem das travessias da avenida dois/pça henfil/roxo

atravessei a rua tropecei no meio fio olhei prum lado o outro olhei não
molhei o pé na tampa do bueiro que era mais baixa do que o recém concretado novo nível no vêio velho do chão de concreto calçada molhei o pé não porque estava descalçado chovia tanto que me encharcou e então esmaeci.

lívido, livo, liver, livro, leave listo morri no meio-fio branco e preto um fio inteiro trançado à mão, um filme inteiro lançado ao chão, descortinando no chão, o chão, o chão de pedra moída, o chão de brita, o chão de brilho o chão delito um fio inteiro feito à mão um meio de caminho um meio de comunicação é um fio esticado duas latas de ervilha um chão um fio liga à outro fio um pai e um irmão um meio fio tropeça alguém sem nadie morre no meio fio, concussão;

E NA MÃO UMA FOLHA LIA:
Ah! Perfídia! PERFÍDIA DO AMARAL<>23 ANOS AO MORRER
Nº de tombo - B869.35 R354v

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

o poeta silencia:
palavras são só ensaios pra flauta e fagote
num mundo mahleriano de sinfonia

o poeta quase rima
e emite a nota fiscal;

a lista de compras sua no bolso de trás
sal

o poeta dorme a sesta
embaixo da mesa de centro

o poeta é uma bomba de pimentão assado
uma pedra que quebra a janela do banco do brasil
vários poetas tarados

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Where is
Mogadiscio?
Who is
Ishmael?

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

o avião caiu
em cima do meu dedo
de tanta poeira que acumulou -pesada

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

beduíno

eu sou um beduíno;
errando pelo caminho.

o erro é a única saída da realidade, um tropeço e você cai num lugar que não é mais o mesmo.

muita pieguice esse negócio de colocar ensinamentos num blogspot.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

ballerina bêbada
ballerina trôpega

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

carros japoneses (toyota etc

um pouco de ar fresco invade os pulmões de quem se deixa inflar um pouco
um pouco tanto dispersa acorde agora veja a aula a cadeira carteira fórmica branca azulada te mande um beijo um tanto quanto pouco
um brinco pérola uma pomba uma outra pomba paloma juntas acordam agora arrulhando a janela de alumínio branco azulado
um céu azulado tanto quanto uma pomba acordada inflada de ar atmosférico termoesférico acordado.
um tchau da janela um pedaço de planta arrancada do vaso um tanto quanto um mato um naco ar fresco venta forte é quente noroestão deixa inflar um pouco a casa.
acordo às trÊs da tarde aos berros as buzinas em cânones da avenida um coral acordes urbanos um tanto quanto exótico

E EU NADA